Os símbolos do direito estão entre os primeiros símbolos já criados. Muitos podem ser datados de tempos antigos, originários do Antigo Egito, Grécia ou Roma.
Embora tenham começado a ser usados há centenas de anos, os símbolos da justiça ainda permanecem como um elo entre a lei racional e a lei natural no sistema de justiça.
Hoje, o símbolo mais reconhecido da justiça é a estátua de uma mulher vendada com um pergaminho ou espada em uma mão e uma balança na outra, mas existem vários outros símbolos associados à justiça e à lei.
Neste post, apresentaremos alguns desses símbolos para você. Venha conferir!
Principais símbolos do direito
A deusa Themis ou Têmis
Themis, é uma titã da Grécia antiga, famosa por ser um símbolo de justiça muito usado.
Ela era uma organizadora de assuntos comunais dos antigos gregos. Seu nome, Themis, significa “lei divina” e a Balança da Justiça é seu símbolo mais importante, usado para demonstrar uma visão pragmática e equilibrada.
Themis é a personificação da justiça, lei natural, ordem divina e costume na religião grega.
Desde o século 16, ela é representada principalmente com uma venda nos olhos que representa imparcialidade, a ideia de que a justiça deve sempre ser aplicada sem preconceitos.
A espada da justiça
A Espada da Justiça (carregada por Justitia), é um símbolo de autoridade, vigilância, poder, proteção e poder. É com uma espada que se pode punir como merecido.
A espada de dois gumes geralmente vista na mão esquerda de Justitia, reconhece o poder da Justiça e da Razão e pode ser usada contra ou a favor de qualquer parte.
É um lembrete do poder da lei, da necessidade de punição real e do poder sobre a vida e a morte e reforça o conceito de que a justiça pode ser rápida e final.
A espada de Justitia também é um símbolo de autoridade exercido ao longo da história por imperadores, reis e generais, e é por isso que é um dos primeiros símbolos conhecidos de justiça.
A balança de justiça
Fortemente associada ao ordenamento jurídico e aos princípios de equidade e justiça, as balanças são muito utilizadas como símbolo de justiça, equilíbrio e visão objetiva.
Este simbolismo remonta aos tempos egípcios antigos. De acordo com as lendas, o poderoso deus egípcio Anúbis usou um conjunto de balanças para pesar a alma dos mortos contra uma pena (a Pena da Verdade).
Hoje, as balanças dizem respeito à equidade em um processo judicial. Elas mostram que ambos os lados de um caso devem ser considerados no tribunal sem parcialidade ou preconceito e que quaisquer decisões tomadas devem ser tomadas com base na ponderação das evidências.
Eles implicam um processo racional e mecanicista: muita evidência (peso) em um lado da balança fará com que ela se incline a favor da culpa ou da inocência.
A venda dos olhos
A venda é outro símbolo famoso da justiça. Embora tenha sido usado ao longo da história, só se tornou popular no final do século XV.
Simboliza que a justiça deve ser sempre feita sem preconceito e apenas os fatos da balança devem ser considerados.
A venda também implica que nenhuma impressão emocional do réu deve ser levada em consideração e que a justiça deve ser aplicada sem ser impactada pelo poder, riqueza ou outro status.
No geral, como a balança, a venda simboliza a imparcialidade e a igualdade na justiça.
A pena da verdade
A Pena da Verdade pertencia à deusa egípcia, Maat, e muitas vezes retratada com uma faixa na cabeça.
Foi usado na Terra dos Mortos para decidir se os mortos eram dignos de vida após a morte.
Se uma alma pesasse mais do que a pena, significava que a pessoa não era digna e seria comida por Ammit, o antigo “Devorador de Mortos” egípcio.
Embora a pena tenha sido um símbolo popular associado à justiça no passado, hoje não é mais usada no sistema de justiça.
O Martelo
O martelo é um pequeno martelo tipicamente feito de madeira, usado no tribunal.
Geralmente é batido em um bloco de ressonância para intensificar seu som. A origem do martelo permanece desconhecida, mas tem sido usado há décadas em tribunais e legislaturas para manter a calma e a ordem no tribunal.
Um símbolo de autoridade no tribunal, o martelo dá ao seu usuário o direito de atuar oficialmente como juiz. Hoje, seu uso não se restringe apenas ao tribunal, mas também se estende a leilões e reuniões.
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Crucifixo
O crucifixo é um símbolo cristão muito famoso, e na advocacia, ele serve como uma lembrança a situação que levou a situação da cruz.
É uma maneira de lembrar do erro que Pôncio Pilates cometeu ao julgar sem provas e condenar um inocente a morte.
Beca
A beca é um dos símbolos mais marcantes na advocacia, porque é o que se costuma usar nos tribunais.
De origem sacerdotal da Roma antiga, a beca serve para lembrar os defensores da justiça sobre o juramento e seu compromisso com a lei.
Astreia ou Astrea
Astreia é considerada a deusa da justiça na mitologia, ela é filha de Zeus e Themis.
De acordo com os mitos, ela era responsável por transmitir um senso de justiça e virtude entre a humanidade.
Coruja
A coruja era o animal favorito de Minerva, a deusa romana da sabedoria e da guerra. Foi no julgamento de Orestes, filho do rei Agaménon e da rainha Clitemnestra, que a frase “voto de Minerva” passou a ser conhecida.
Isso porque, ao acontecer um empate no julgamento, Minerva tomou a decisão de absolver o réu.
Como a imagem da coruja sempre esteve associada a Minerva, esse símbolo se tornou um marco na advocacia.
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Conclusão
Alguns dos símbolos dessa lista são de uso comum no sistema de justiça em todo o mundo, como Themis e a balança, por exemplo, enquanto outros que já foram usados, agora estão obsoletos, como a Pena da Verdade.
Esses símbolos não são apenas usados no sistema de justiça, mas também são reconhecidos no mundo todo, usados por pessoas de todas as partes do globo.